tag:blogger.com,1999:blog-1731849068076261364.post5218536262959338927..comments2024-01-23T16:08:59.714-03:00Comments on e-Boca Livre: Leitor de 5ª: os coreanos-alquimistas estão chegandoe-BocaLivrehttp://www.blogger.com/profile/15266030298236630326noreply@blogger.comBlogger6125tag:blogger.com,1999:blog-1731849068076261364.post-75828761600678830352012-02-08T11:10:06.237-03:002012-02-08T11:10:06.237-03:00Cláudio, Não há exagero algum. O Plano Nacional de...Cláudio, Não há exagero algum. O Plano Nacional de Turismo cita a palavra "gastronomia" uma vez só. A Lei Rouanet não aceita pesquisas gastronomicas. Dai o "estão se lixando". Imprimem folhetinhos laudatórios dos regionalismos e só. <br />O dinheiro do governo é necessário para desenvolver pesquisa, promover eventos nacionais e internacionais, coisa que os donos de restaurante não podem fazer, nem é escopo de atuação deles. Basta estudar a política do Estado espanhol para ver o que dá certo e o que não dá. É pedir muito dos responsáveis pelo turismo e pela cultura?e-BocaLivrehttps://www.blogger.com/profile/15266030298236630326noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1731849068076261364.post-13515809900198721762012-02-08T11:05:34.258-03:002012-02-08T11:05:34.258-03:00Dizer que os Ministérios do Turismo e da Cultura e...Dizer que os Ministérios do Turismo e da Cultura estão se lixando pela gastronomia é um pouco de exagero. Praticamente todos os grandes eventos gastronômicos que temos por aqui recebem alguma ajuda de órgãos oficiais, pelo menos as logos das instituições estão sempre presentes nos materiais de divulgação e acredito que isso é sinal de quem algum incentivo houve. Mas não sou relações públicas de ninguém, não vou ficar aqui defendendo o setor público. O que me incomoda, na verdade, é este apelo dos chefs da alta gastronomia por apoio estatal. Pelo que li hoje na coluna da Alexandra Forbes no caderno Comida da Folha, parece que os restaurantes de luxo estão nadando em dinheiro. Querem dinheiro do governo pra quê mesmo? Acho que os programas oficiais de divulgação da nossa gastronomia no exterior deve focar a comida brasileira mais tradicional, mais enraizada na cultura popular. Os grandes chefs de menus absurdamente caros e requintados têm seus próprios meios para divulgarem seus respectivos restaurantes.Cláudio Gonzalezhttp://papillon.blog.brnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1731849068076261364.post-59087908062387717292012-02-06T18:59:44.719-03:002012-02-06T18:59:44.719-03:00Caro Isaac,
De modo algum se aplica ao raciocínio...Caro Isaac,<br /><br />De modo algum se aplica ao raciocínio que ensaiei a brilhante crítica ao orientalismo de E. Said. Talvez ela se aplique, sim, à noção aqui corrente de "cozinha tailandesa". Mas o que estou procurando expressar é algo bem diverso, pois se refere às civilizações alimentares. No caso, ao modo como se diferenciaram os ditos "impérios teocráticos do regadio", fixando na China e Índia o arroz como elemento básico da dieta; no México, o milho. Na Europa, fixou-se o trigo, através de uma história que não incluiu tais impérios teocráticos. A partir dai começam as diferenciações, graças ao que oferece o meio; graças à cultura, etc. Essa é a base das trocas nos períodos moderno e contemporâneo, gerando uma imensa transação mundial que já não faz mais sentido fixar-se no nacionalismo culinário via ingrediente. <br />As generalizações - insisto - ou servem para pensarmos algumas coisas ou não servem para nada. Mas acho ainda que ajudam a entender certos processos, certas técnicas, certas crenças relativas ao alimento e assim por diante.<br />Abraçose-BocaLivrehttps://www.blogger.com/profile/15266030298236630326noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1731849068076261364.post-23705192551297596022012-02-06T18:30:08.106-03:002012-02-06T18:30:08.106-03:00Caro Dória.
Creio que, então, que nesse caso, entr...Caro Dória.<br />Creio que, então, que nesse caso, entramos em um problema de classificação, e como toda classificação, acaba sendo meio arbitrário. Nesse caso, incorremos em um perigoso jogo que pode resultar em um certo etnocentrismo. <br />Ao mesmo tempo, tal exercício de classificação, principalmente para o olhar externo, pode, muitas vezes, confundir mais do que esclarecer. <br />Por exemplo, como encaixar uma cozinhas chinesas tão diferentes como a de Xinjiang, pesadamente influenciada por povos turcos e a de Sichuan.Ou como classificar a diversidade do Sudeste Asiático, que, devido a uma maior fragmentão étnico e nacional e, ao mesmo tempo, a influências tantos chinesas quanto indianas, apresentam características tão distintas que poucos argumentariam se tratar de uma cozinha chinesa ou indiana.<br />Todas essas questões são apresentadas apenas do ponto de vista histórico. <br />Se pegarmos esses esse mesmos exemplos e pensarmos da relação do homem com a natureza, podemos em situação mais complicada, uma vez que a diversidade ambiental é tal extrema que, obviamente que tal relação se dão de formas totalmente distintas. De forma, acho extremamente difícil encontrar similaridades entre uma cultura gastronômica mongol e a vietnamita. Lógico que a sociedade permite intercâmbios: "dumplings" você encontrar em lugares tão diversos como Pequim, Ulanbatar, Astana ou Budapeste. Mas sabemos que esses intercâmbios sempre se adaptam a um ethos local, muitas vezes extremamente atomizado.<br />Quanto a generalizações, sempre pensei nelas em formadores de estereótipos, que eliminam a diversidade e adquire, muitas vezes, funções de dominação: é o exótico, o estranho, o oriental de Said.Isaac Kojimahttp://www.onivoro.com.brnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1731849068076261364.post-18015423352239167532012-02-03T07:28:04.267-03:002012-02-03T07:28:04.267-03:00Caro Issac,
obrigado pela oportunidade de esclarec...Caro Issac,<br />obrigado pela oportunidade de esclarecer coisas que ficaram obscuras. Quando falei de "variante" evidentemente não quis diminuir essa cozinha, mas acentuar coisas sobre as quais já discorri, como a diferença entre "sistemas alimentares" e "sistemas culinários". Se olharmos de dentro qualquer culinária é claro que ela será única e inconfundível, mas olhando "de fora", como sistemas culinários, veremos que muitas delas podem ser reunidas a partir de um mesmo modelo de relação homem-natureza e homem-homem em torno do comer. Assim, teriamos no mundo poucos sistemas alimentares atuais, reunindo várias culinárias: o chinês, o indiano e o ocidental. São limites que se confundem com o conceito de "civilização" - e estamos falando de civilizações presentes, não aquelas que o colonialismo destruiu, como a mexicana. <br />Então, meu caro, não se trata de "confundir" as coisas, mas estabelecer um nível de análise onde se possa reunir objetos com traços comuns, inclusive a história. Portugueses e espanhóis (ocidentais) chegaram bem depois da história milenar dos povos orientais, e apenas arranharam a superfície de estruturas tão profundas.<br />Espero ter acrescentado algo ao que disse no post, pois, afinal, se as generalizações não fizerem sentido não há porque utiliza-las.<br />Abraços.e-BocaLivrehttps://www.blogger.com/profile/15266030298236630326noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1731849068076261364.post-74012108094488797462012-02-02T15:35:52.159-03:002012-02-02T15:35:52.159-03:00Não consigo concordar com o seu comentário da cozi...Não consigo concordar com o seu comentário da cozinha coreana como uma variante da chinesa. O fato de terem alguns ingredientes em comuns ou mesmo técnicas, não torna um variante da outra. A cozinha coreana recebeu influências não apenas dos chineses, mas de japoneses, americanos e portugues, e por isso tem características tão próprias que são quase impossíveis de serem confundidas. E o mesmo vale para as cozinhas do Sudeste Asiático. Claro, toda a região recebeu influências dos chineses, mas também de portugueses e espanhóis. Nem por isso, dizemos que a cozinha filipina é uma variação da espanhola ou a vietnamita é uma variação da francesa.Isaac Kojimahttp://www.onivoro.com.brnoreply@blogger.com