10/04/2011

Miojo e demais porcarito´s na berlinda?

O sódio, em concentrações altas, é inimigo da saúde humana. Todos sabemos. Mas por que ele é tão tolerado pelos agentes da saúde pública? Dia 8 o Estadão noticiou um acordo entre governo e indústria para reduzir o teor de sódio nos porcarito´s e outros comestíveis
.
Consumimos, em média, 9,6 gramas de sal por dia. Não deveríamos consumir mais que 5 gramas. O pior porcarito dessa classe de alimentos hipersalados é o macarrão instantâneo. Em 100 gramas apresenta até 4.700 miligramas de sódio. No Canadá não se admite mais que 900 miligramas.

No acordo, o governo deu à indústria prazos que variam do fim do ano até 2014 para por um paradeiro nesse absurdo. Por que tanto prazo? Isso a matéria não explica.

Os representantes da indústria dizem não saber “qual o impacto no sabor da redução de sódio dos produtos”. Que coisa altruísta, né? Mas algo é certo: o miojo não ficará pior!!! Vamos acelerar essas datas de reconversão?

2 comentários:

Ricardo Neves Gonzalez disse...

Dória, concordo com você. Os prazos são absurdos. Mas num país onde sua maior estrela gastronômica, Alex Atala, vem a público fazer apologia de caldinho Knorr cheio de sódio, tudo se tolera.E recebeu $$$$ para isto. Ou seja, onde a $$$$$ rola, tudo se enrola, e é deixado para mais tarde. A saúde é a maior prejudicada. E nós contribuintes pagamos uma conta absurda com cancer, cancer...cancer...

Salomon disse...

A indústria nos viciou em sódio ao longo dos anos. E para isso associou a sua marca (como o tal caldinho Knorr anunciado pelo Alex Atala) a sabores extremamente salgados com os quais nos acostumamos. O prazo não deve ser nada além do necessário para que a indústria retire progressivamente o sal dos seus produtos acostumando os consumidores a um "sabor" progressivamente menos salgado. Imaginem só o desastre financeiro para a Knorr se retiram o sal de uma vez. A clientela migra de uma só vez para a Maggi sem pensar duas vezes.

Postar um comentário