17/02/2016

Total immersion: um passo a mais e mais perto da culinária caipira

Estamos dedicando 2016 a um estudo aprofundado da culinária caipira. Desde os tupi guaranis, que há milênios saíram da Amazônia para chegar ao sul do país promovendo a disseminação do milho por onde passaram, chegando a São Paulo. Sobre esse território forma-se o caipira.


Agora, em março, seguem os cursos voltados para a “Total immersion na cozinha caipira”. Nessa nova unidade do curso - que não possui qualquer pré-requisito e que é composto de 14 horas de duração em 4 aulas - vamos esquadrinhar a “cozinha caipira” propriamente dita: aquela que se forma e se fixa entre os séculos XVI e XVIII na região do Sertão do Leste (vales do Paraíba e do rio Doce e sul de Minas) e segue os passos de bandeirantes e tropeiros. Tem por base a cultura  do colonizador já adaptado à região em intensa relação com os índios, adotando como elemento fundamental o milho e derivados, especialmente a farinha de milho.

Não é um curso só de história ou teórico. Ele também visa familiarizar o aluno com as práticas da rica cozinha caipira e entender a contradição que é o seu imenso desprestígio no século XX - quando “caipira” passa a ser um adjetivo que desqualifica tudo a que é aplicado (pessoas, música, culinária, habitação, etc). São seus principais tópicos:
1. A definição de “caipira” e as teorias sobre a sua formação. O território da cozinha caipira: a expansão bandeirante e os itinerários tropeiros. Continuidades e rupturas com o modelo da cozinha guarani.
2. Construção do “núcleo duro” da cozinha caipira. Os sítios: o milho, a mandioca, o feijão, a  abóbora, o porco, a galinha o pomar e a horta. A variante caiçara. As formas de conservação alimentar. As tecnologias adotadas pela cozinha caipira: os fogões, o monjolo, as fecularias.
3. As classificações e capitulos da culinária caipira. Variações de receituário.
4. Laboratório de preparações tradicionais de modos modernos. Preparação de pratos e degustações em almoço caipira informal (cuscuz caiçara ao vapor, escaldado de cambuquira, porco na lata, etc).

As aulas serão dadas por mim e pelo  historiador João Luiz Máximo 
Datas: 2, 4, 5 e 6 de março
Contatos para reservas e maiores informações:  ricardo@trixgastronomia.com.br







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