1. Saiba que a única fonte segura de conhecimento enológico é a comparação. Beber comparando é a única regra. Quem mais compara, mais conhece. E esse comparar é situar o próprio gosto no universo quase ilimitado dos vinhos.
2. O ponto de partida para a comparação é qualquer um: um Miolo pode levar, por comparação, a um Haut-Brion. Ao avançar, não chore pelos que ficaram para trás.
3. Diga não aos modismos. Eles em geral expressam estratégias de marketing de vinhos, regiões vinícolas. Exemplo: Beaujolais Nouveau. (Marketing, 10; vinho, 2,5!).
4. Não seja bobo. Livre-se da lábia dos vendedores sabendo que um vinho de US$ 1.000 não dá 10 vezes mais prazer do que um vinho de US$ 100. Prazer e preço não estão em relação direta.
5. Liberte-se de preconceitos, não se guie por idéias prontas: o “vinho da serra é excelente” ou “o Brasil já está fazendo vinho bom”, ou “vinho europeu já era”, ou “o melhor shiraz é o sul-africano”, etc...
6. Faça das suas experiências pessoais o verdadeiro laboratório de harmonização. Pergunte-se: o que eu mais gosto combina com que vinho? E vá atrás!!
7. Não force a natureza: chocolate, alcachofra, salada acidulada (com vinagre, limão...), estão fora do universo da harmonia. Matam os vinhos.
8. Não se esqueça de que os vinhos brancos são em muito maior variedade (tipos) do que os tintos, e que a moda dos tintos não tem mais de 150 anos, sendo os brancos os grandes vinhos antes desse período.
9. Encontre o seu vinho do dia-a-dia. Ele será mais importante na sua vida do que os grandes vinhos, das grandes ocasiões.
10. Forme a adega do seu filho, além da sua, para que ele não tenha que penar, esperando os vinhos envelhecerem como nós temos que fazer hoje. Os franceses sempre fizeram isso e conseguem beber bem mesmo nos dias de adversidade
06/05/2009
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1 comentários:
gostei do decálogo, resumo do que demorei 10 anos pra aprender!!!.rs..bjs
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