10/07/2009

Convite para a segunda rodada

Talvez estejamos diante de uma importante guinada na gastronomia: a “exaustão das receitas” e a horizontalização da última “revolução técnica” (nanotecnologia e informatização das cozinhas) apontam para a possibilidade de se trabalhar com maior liberdade e criatividade os ingredientes.
Ingredientes são entendidos como tudo aquilo que entra como matéria prima num processo de produção. Um queijo minas, que é um produto, entra como ingrediente na preparação do pão de queijo. Assim, cabem na categoria tanto produtos in natura como aqueles mais elaborados.
Qual a situação geral dos “ingredientes brasileiros”, isto é, aqueles que de alguma maneira possam ser identificados com a nacionalidade? Há, necessariamente, que distinguir a perspectiva histórica, cultural, da perspectiva presente. Esta última diz respeito aos ingredientes ativos, que são utilizados de forma ampla ou restrita, por populações urbanas ou rurais.
É desejável que os palestrantes abordem questões relativas a acesso, logística, legislação de proteção, processos que ameaçam sua existência, “descobertas” recentes, etc, além de ações públicas (de ONGs, de órgãos públicos, de particulares) visando produzi-los, preservá-los, democratizar o consumo. Interessa também abordar as relações sociais que estão por trás da sua produção (sustentabilidade etc.). Além disso, vale compartilhar quais são os processos de investigação de um ingrediente, como chegam a novos usos, a aplicações que se diferem das já consagradas pelo receituário de domínio público, etc. O que motiva a busca e a investigação de um novo ingrediente? E o que faz um ingrediente sumir e quase entrar em “extinção”?
Gente que entende da coisa reunida para informar e discutir com todos os interessados. Entrada franca.

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