Leio com freqüência textos onde os autores, ao se referirem à galinha d´angola (capote, sacué, pintada, etc) dizem que é um “animal selvagem” ou “semi-selvagem”, extraindo daí a conclusão de que se trata de um “produto natural” ou “mais gostoso”.
Mas selvagem só é aquilo que não depende, para a sua vida e reprodução, da interferência humana; e este não é o caso. As galinhas d´angola, mesmo quando vivam “a pasto”, são domésticas. Gravitam em torno da vida humana. São os homens que as criam e selecionam, as alimentam em boa medida.
Na França é grande a criação confinada de galinha d´angola, o que também existe no Brasil. Mesmo aquelas criadas soltas, no quintal, em várias partes do mundo, apresentam menor variedade do que as selvagens que vivem em áreas desérticas da África. Essa seleção, inconsciente ou consciente, é que fixou, ao longo do tempo, o tipo doméstico que consumimos.
Talvez ela seja “mais gostosa” justamente por conta dessa seleção artificial. Seria preciso comparar com aquela africana para se chegar a uma conclusão irrefutável.
16/09/2009
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1 comentários:
Olá Carlos,adorei seu blog!
Para mim a galinha de angola - "faraona" é doméstica quando está no quintal e selvagem quando está no prato!
Abbraccio!
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