A vinda de Petrini ao Brasil está relacionada à segunda edição do Terra Madre Brasil – Encontro Nacional de Ecogastronomia, promovido pela Fundação Slow Food pela Biodiversidade, que acontecerá em Brasília, entre os dias 19 e 22 de março, com o objetivo de reunir chefs de cozinha, pesquisadores, acadêmicos, estudantes, jornalistas especializados, produtores e consumidores para debater temas como alimentação e sustentabilidade. A presença do jornalista italiano é o ponto alto do evento. Sua passagem por São Paulo inclui uma sessão de autógrafos de seu recente lançamento, Slow Food - Princípios da nova gastronomia, sobre o papel do gastrônomo enquanto um coprodutor ativo na mudança do planeta, visando um mundo mais justo e sustentável. O autor receberá o público na Livraria Cultura do Conjunto Nacional, logo após o debate.
Sobre o palestrante
Carlo Petrini fundou a associação Arcigola, no começo dos anos 80, com o objetivo de valorizar a cultura da convivialidade e promover a ecogastronomia de qualidade. Em dezembro de 1989, assinou o Manifesto Slow Food com mais de vinte delegados de diferentes partes do mundo e foi eleito presidente, cargo que ocupa desde então. Também foi o criador do Terra Madre, uma rede de 2000 comunidades do alimento, que reúne produtores, criadores, pescadores do mundo todo. Como jornalista, escreveu para jornais italianos como Il Manifesto e La Stampa, e atualmente contribui com o jornal La Repubblica (membro do grupo L’Espresso). Em 2003, junto com o jornalista Gigi Padovani, Petrini publicou Slow Food Revolution e, em 2005, Buono, Pulito e Giusto – Principi di uma Nuova Gastronomia, traduzido para o português em 2009 pela editora SENAC com o título Slow Food – Princípios da nova gastronomia. Em seu último trabalho, Terra Madre – Come non farci mangiare dal cibo, publicado pela editora Giunti – Slow Food Editore, atualiza suas teorias, analisando a crise econômica mundial e o modelo de desenvolvimento que a causou. Premiado pelo mundo acadêmico, recebeu um reconhecimento honorário em Antropologia Cultural do Istituto Universitario Suor Orsola Benincasa de Nápoles, em 2003. Em 2004, foi nomeado Herói Europeu pela revista Time, e outro reconhecimento honorário lhe foi concedido pela Universidade de New Hampshire nos Estados Unidos, em 2006, por suas conquistas como um precursor revolucionário e fundador da Universidade de Ciências Gastronômicas. Petrini foi o único italiano a aparecer na lista 50 People Who Could Save the World, realizada pelo jornal inglês The Guardian, em 2008.
Sobre a mediadora
Wanessa Asfora é historiadora, doutora e mestre em História pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH-USP), docente da pós-graduação do Centro Universitário SENAC São Paulo e membro correspondente da revista científica Food&History do Institut Européen d'Histoire et des Cultures de l'Alimentation. Atualmente, desenvolve pesquisas na área de história da alimentação medieval, mais especificamente sobre livros de receitas da Alta Idade Média.
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