Recebi ontem esse e-mail do Roberto Smeraldi.
Tentei postar um comentário no seu blog após ler sua crônica do sessenta folhas, mas ele me pede para me identificar com contas que não possuo e não consigo entender como postar... daí envio por e-mail e vc talvez possa postar.
[...] a Neide tem razão (e muita) sobre o sessenta folhas. O omaso é isso mesmo, e curiosamente nas diferentes línguas é chamado sempre com nomes que incorporam algum número ou conceito que repassa a ideia de abundância de lâminas (em inglês é o "manyplies"). Na Toscana, é o "cem peles", o tradicional centopelli que se come em deliciosas saladas de verão, com azeite, sal, uma ponta de limão e umas rodelas de cebola roxa (se tais rodelas devem ser finas ou grossas é algo que já foi causa de diversos sangrentos conflitos ao longo da história, mas este já é outro tema). No resto da península itálica é mais frequentemente chamado de mil folhas (isso mesmo, como a sobremesa, e muito antes dela). Aproveito o ensaio para fazer uma homenagem ao vizinho dele, o abomaso, outro objeto de sequestro por parte do complô global que rege a ditadura mercadológica do traseiro superior. Trata-se do delicioso "lampredotto", que em tiras finas vira recheio daquele maravilhoso sanduiche (a ser rigorosamente comido na rua, andando devagar) cujo desconhecimento está provavelmente entre as dez principais causas do doenças físicas e mentais da adolescência do século XXI. Em suma, pense na síndrome da omissão do omaso (e do abomaso) como um problema de saúde pública e violência intergeracional.
Roberto Smeraldi
23/08/2010
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