Ontem morreu Dna. Maria Stella Libanio Christo, autora do imortal Fogão de Lenha - 300 anos de Cozinha Mineira (1977). Seu livro foi escrito e editado num momento de grande afirmação da “mineridade”, impulsionado pelo governo de Aureliano Chaves em Minas Gerais.
Dna Maria Stella fizera estudos e pesquisas sobre a cozinha mineira, compilando mais de 500 receitas que reuniu naquele livro. Sem esse trabalho, que materializou uma certa idéia de regionalismo culinário, a “cozinha mineira” não passaria de uma abstração. Com base no seu impacto, depois, em 1985, o cartunista Ziraldo, presidente da Funarte, propôs a formação de centros de estudo da culinária brasileira e a promoção da cachaça. Era a época da “política da broa de milho” de Itamar Franco e José Aparecido no governo federal.
Toda essa trajetoria mostrou a importância da culinária para articular e dar sentido a recortes políticos de feição territorial. Sem a obra de Dna Maria Stella Libanio Christo a culinária mineira teria permanecido dispersa nos grotões, sem o brilho de salão que conquistou. Minas Gerais deve muito a ela e, por tabela, todos nós que apreciamos a cozinha brasileira.
21/06/2011
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