12/02/2014

Como as coisas chegam na dita Alta Gastronomia?


Há dois caminhos para a culinária. O da tradição e o da inovação. Assim escreveu um especialista:

“A cozinha culta do Ocidente, cheia de penduricalhos, disfarces, desalentos e genialidades dos seus criadores, se alimenta da cozinha popular, anonima, de tradição oral, própria de cozinheiros e artesãos atentos aos cozidos ancestrais, a qualidade do produto e o ponto de cocção. Ao reinterpretar e romper padrões de sabores conhecidos, e incorporar produtos estrangeiros e novas técnicas culinárias, essa cozinha criativa adquire o status de culta, ao passo que a cozinha popular, baseada na repetição, a memória gustativa e os produtos autóctones, tende ao mimetismo. Neste sentido, se poderia dizer que a cozinha popular é tradicional e conservadora, e a cozinha culta progressista e inovadora” (Conde de Sert, El goloso. Una historia europea de la buena mesa, Madrid, Alianza Editorial, 2009, págs 13-14.)

As novidades moram nos detalhes da cozinha popular, mesmo quando, depois, se manifestam na Alta Gastronomia. Vale a pena conferir um pastelzinho que Pedro Martinelli descobriu na sua última andança por Belém. 

Aqueles que "inventaram" mil variações de escondinhos, por que não tentam inovar brasileiramente o pastel? Chega de pastel de pizza!


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