15/02/2014

SENAC: uma editora do balacobaco

Se eu vivesse de publicar livros, estaria em maus lençóis, pois quereria associar o escrever com a liberdade de expressão - coisa cada vez mais difícil. 

Já contei aqui como a Editora Senac me retaliou por discordar da mudança de sua linha editorial  que, afinal, veio dar na publicação da emblemática coletânea de receitas de Nutella. 

Mas a retaliação não pára. Gente vingativa mesmo, pois mais de dois anos depois do fato, acabo de receber carta registrada, assinada por dona Jeane, sua gerente, dizendo que, esgotada a segunda edição de Com Unhas, dentes e cuca, de minha autoria e de Alex Atala, “não pretende reimprimir e/ou reeditar uma nova edição da obra”, rescindindo o contrato, e que restam 77 exemplares que nos vende pela bagatela de R$ 15 cada. 

Como relatei, “mesmo gente com aparência cordata é sibilinamente vingativa (...).  Praticamente fui expulso da instituição (editora, cursos, etc) sem que uma só palavra fosse dita em público sobre a minha “critica destrutiva”, que o leitor pode conferir e fazer seu próprio julgamento. Não contestaram, silenciaram, guardaram o rancor e se vingam. O que estava escrito, infelizmente aconteceu. O que não muda nada. Virei persona non grata, uma espécie de leproso intelectual para os burocratas do Senac que gastam nosso dinheirinho no que pensam que é cultura relevante”.

Que me exclua do catálogo, me puna por opiniões, tudo bem. É do seu estilo miúdo. Agora, que exclua do catálogo Alex Atala, que nada tem com isso, é realmente um luxo. Afinal, ele é editado pela prestigiosa Phaidon, um dos mais importantes chefs do mundo, e a editora Senac o considera prescindível no seu catálogo. 

Espero que ao menos tenham a hombridade de explicar a ele que está sendo punido por ter andado em má companhia. 

1 comentários:

Tamyris disse...

Uma postura tão egoísta e limitada quanto essa tirar um dos grandes professores que o SENAC já teve em suas salas é algo assim...que beira o absurdo!

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