24/02/2009

O silêncio sobre o Salmão dos Últimos Dias - II





Vamos voltar ao negócio malcheiroso do salmão. Foi a revista Science que publicou um estudo de pesquisadores das universidades de Indiana e Nova Iorque mostrando, por comparação, taxas perigosas de PCB (bifenilo policlorado), elemento cancerígeno, nos salmões de cativeiro. Atribuiu o perigo à alimentação dos peixes, com base em óleos e farinha de pescado (www.tierramerica.net/2004/0119/pacentos.shtml). Há muitos estudos que apontam também a concentração de peixes nas granjas de salmão como um elemento importante na propagação dos males que afetam os salmões chilenos.
O “canibalismo animal” tem sido condenado há décadas, desde o surgimento do mal da “vaca louca”. Animais que comem restos de animais acabam constituindo um circulo fechado onde transitam, inclusive inter-espécies, uma série de males para os animais e para os humanos.
O Brasil é exportador de farinha de penas para alimentar os salmões chilenos. Aliás, é grande fabricante de rações animais à base de rejeitos de granjas e frigoríficos. “A farinha de penas hidrolizadas é obtida da cocção, sob pressão, de penas limpas e não decompostas, obtidas no abate das aves. É permitida a participação de carcaças e sangue desde que sua inclusão não altere significativamente a composição química média estipulada. A farinha de vísceras é obtida da cocção de vísceras de aves, sendo permitida a inclusão de cabeças e pés”. (www.polinutri.com.br/conteudo_dicas_maio_05.htm)
Não é hora de as autoridades sanitárias darem uma espiada nisso? E a imprensa? Vai continuar, inocentemente, a fornecer ao leitor apenas receitas variadas de salmão? Exceção é a academia Runner de Copacabana (www.copacabanarunners.net/salmao.html). Ela adverte que “de acordo com estudos científicos, salmões criados em fazendas podem ter grandes níveis de dioxinas. Os níveis de bifenil policlorinado também podem ser até 8 vezes maiores no salmão criado em fazendas comparado com o salmão na natureza”.

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