26/03/2009

Você sabe para que serve uma receita?

Em meados de 2007, num colóquio sobre história e cultura da alimentação, na Universidade Federal do Paraná, apresentei uma comunicação sobre a “teoria da receita moderna”. Era uma reflexão sobre a eficácia das receitas como forma de transmissão do conhecimento culinário. Depois da exposição, a historiadora francesa Julia Csergo – dona de um excelente estudo sobre o pot-au-feu – veio me cumprimentar e disse: “Sabe, eu participo de dezenas de mesas sobre culinária todos os anos. Nunca vi ninguém refletir sobre algo tão básico e elementar: afinal, para que servem as receitas?”
Esse espanto não me saiu da cabeça e agora, dia 1º de abril, na Livraria Cultura do Conjunto Nacional, haverá um debate sobre o tema como forma de lançamento do meu livro, A culinária materialista (Senac, 2009).
Janaina Fidalgo coordenará a mesa que contará com Josimar Melo, Ricardo Maranhão, Andrew Scott Bushee, Felipe Ribenboim, Rodrigo Oliveira e eu. Espero que seja melhor do que noite de autografos. Vamos ver no que dá essa conversa entre chefes, professores de gastronomia e jornalistas no dia universal da mentira. A entrada é franca. Convite .

7 comentários:

Unknown disse...

Olá Carlos,

Desde que entrei na faculdade (Gastronomia SENAC) escuto falar de seus comentários, opiniões e já folhei alguns de seus lvros.

Há algum tempo recebi, não sei como, um e-mail simples divulgando seu blog, e então venho acompanhando seus textos, os quais eu não começo meu trabalho sem os ler antes.

Recebi o convite da Mesa Redonda por e-mail também, porém não tenho disponibilidade para o horário, uma pena, pois gostaria muito, muito mesmo de poder participar pois o assunto é de grande interresse e é uma coisa que já me questionei. Sem contar que vão estar presentes outros críticos e profissionais que admiro e desejava conhecer. E também é claro, pelo lançamento do 'Culinária Materialista' que 'namoro' nas livrarias e eu não vejo a hora de conseguir um dinheirinho para comprá-lo.

Queria ficar sabendo dos assuntos, tópicos e pelo menos suas opiniões sobre a Mesa, por favor trate de postar aqui no blog!

Gostaria de parabenizá-lo por seu trabalho e pelo blog. E quem sabe não nos encontramos um dia? Ou uma outra oportunidade?

Até mais,
Abraços

Lucas Travesso
lucastravesso@hotmail.com

Unknown disse...

dória,

pode esperar as meninas da menu. estaremos lá!
beijos,

Moira - Tertúlia de Sabores disse...

Que pena que eu estou do lado de cá do planeta.
Um abraço
Moira

Unknown disse...

Dória,
triste em não poder estar aí mas alegre ao desejar sucesso, tim tim
abraço
Elsa

Anônimo disse...

Sabe que outro dia fui a um chah de panela, tinha q levar uma receita.

Fui escrever a minha. Quando vi, escrevi em letra cursiva (coisa mais que rara) e ñ dei medida quase nenhuma, ficou como uma conversa. Me agradou.

Escrevi uma coisinha sobre isso e dei linque p esta postagem.:

http://mgabrielagalvao.blogspot.com/2009/04/receitinhas.html

Abraço

Anônimo disse...

Prezado Carlos Alberto,
Escrevo-lhe por sugestão da Nina Horta. Ontem no caderno Comida da Folha havia duas matérias, uma mostrava que os paulistanos acham o pastel (aqui com recheio de polvo) a receita mais típica de São Paulo e outra, uma receita de cuscuz feito daquela maneira que se tornou habitual, um angu temperado. Eu ando extremamente injuriada com o que se faz com a receita de cuscuz paulista, é pura preguiça fazer o tal angu e acho que em parte a coisa recai sobre os cronistas, historiógrafos, críticos de gastronomia que deixam passar o que está acontecendo sem criticá-la.
Quero deixar claro que não sou uma tradicionalista empedernida, se assim fosse estaria bradando contra o recheio de polvo do pastel e defendendo o de carne ou de palmito, de pupunha diga-se de passagem. Mas não, a modernidade tem hora e vez mas perder-se uma receita centenária porque a ignorância dos chefs se aliou à complacência dos críticos é demais. E a coisa é aqui porque no NE, onde se come cuscuz salgado e doce, de fubá ou farinha de milho, eles são feitos no vapor como devem ser e para muitas famílias é alimento diário, substitui o pão no café da manhã este cuscuz salgado feito com fubá.
Desculpe a minha veemência mas vamos ressuscitar o cuscuz paulista, se for o caso os preguiçosos que passem a chamar aquela outra coisa de Angu Paulista, não me importo.
Um abraço,
Maria Carolina S. Guimarães

Anônimo disse...
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