Ha muito tempo, o compositor Marcos Valle lançou uma música de certo sucesso cujo primeiro verso, prá lá de idiota, começava assim: “Não confie em ninguém com mais de trinta anos”.
Pois bem, ao abrirmos o caderno Comida da Folha de hoje, damos pela falta de Josimar Melo e Nina Horta, prá começar. Devem ter sido vítimas da síndrome de Marcos Vale, porque, abstraído tudo o mais, o que eles tinham era mesmo essa qualidade: repertório.
A Folha entrou nessa aventura de um caderno de “comida” talvez por conta de uma avaliação de que era um tema “novo” e o jornal prima por ser novidadeiro. Vê-se, hoje, que não deu certo (não venderam anúncios como sonharam). E, agora, temos o prejuízo líquido: antes, Josimar e Nina escreviam na Ilustrada. Estavam bem lá. Mas tentaram usar o prestígio de ambos para alavancar o Comida. Deu no que deu: o leitor saiu perdendo.
A Folha é um jornal com rabo preso, muito preso. E os neurônios presos no rabo. Ninguém disse aos editores que, hoje, os leitores leem opinião, não jornalão...
29/04/2015
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