24/08/2011

O dia-trash da culinária paulistana

Esse negócio de receber press release é muito estranho. Você fica sabendo de coisas que de outra maneira não alcançaria. Recebi um sobre o “dia do Miojo”. Amanhã é celebrado o “dia do Miojo”. E senti falta do dia da Nutella, do leite condensado, do caldo Magi, da margarina. Por que o Miojo tem dia e os demais não?

Talvez porque a Nissin é sortuda e encontrou três chefs dispostas a comemorá-lo. A Carla Pernambuco, a Morena Leite e a Tatiana Szeles. Os outros produtos, coitados, devem se sentir desamparados.

Mas, por mais que elas enfeitem o Miojo, Miojo é sempre Miojo. E vende prá danar. É um ícone da comida trash. Não tenho nada contra. E nem me comove que fique pronto em “apenas 3 minutos”.

Só não entendo por que essas moças-cozinheiras se associam a esse dia, e introduzem esse negócio nos seus cardápios. Se a moda pega, estamos fritos. Digamos que a Nissin tem um poder de convencimento extraordinário.

4 comentários:

Romaine Carelli disse...

É o fim da picada isso.
Quando eu digo que as pessoas se vendem por cada coisa, povo se irrita comigo.
Vai eu oferecer Miojo nos meus cardápios, ou tentar convencer o dono de um restaurante que trabalho a fazê-lo.
Meu D'us é cada uma que nem acredito .

Tainá Rodrigues disse...

A ajinomoto não tem poder de convencimento nenhum, quem tem é a F/Nazca, idealizadora da ação.

Ricardo Reno disse...

Bom o Alex já disse que o caldo Knorr ou Maggi, não lembro, é bom. Disse por que a grana era boa e ajudou a salvar o Dalva&Dito. Também acho isto o fim da picada. Os chefs gostam do glamour e pedestal em que são colocados e serem respeitados como tais. Mas quando a grana rola dizem:somos humanos.

Ricardo Neves Gonzalez disse...

Recentemente vimos Atalla fazer apologia de caldinho Knorr. é realmente o fim. Como esta gente faz loa de produtos deste nível e consegue ir de cara lavada a um evento como o Mesa SP pregar saúde e sustentabilidade? Paradoxalmente uma lástima!!!

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