30/06/2013

Mania de guias


Mania de guias, como se fossemos desorientados. Saiu o novo guia O melhor de sãopaulo, o guia Vejinha do B do Folhão. O que mais gosto é do contraste entre o levantamento Datafolha e as opiniões do júri. 

Melhor restaurante apud Datafolha são dois (eta gente indecisa, esses consultados): DOM  e Fasano. Não lembro como foi no ano passado, nessa nossa Marienbad. Lembro apenas que o Fasano está sempre na cabeça de gente que, muito provavelmente, nunca comeu lá. Como não comeu no DOM. No “melhor restaurante a que você já foi” do Datafolha, dá-lhe churrascarias. Brasileiro gosta mesmo é de cããrni. Come cããrni e arrota foie gras (os carnívoros) ou trufa (os vegetarianos).

Mas o que surpreende é o DOM não estar na condição de melhor para o júri. Afinal, ele é o top brasileiro na relação dos 50 melhores do mundo. O júri da revista diverge do júri internacional, quase a nos dizer que “cada júri uma sentença”. 

Mas está lá, como melhor, o Mani. O que mostra, claro, sensibilidade do júri para os movimentos de terreno. Coisa que o “povão” que vota no Datafolha ainda não faz ideia. O júri também se deu conta de que o Attimo é novidade que merece registro. Mas o povão não tem idéia do que seja “novidade”, nem mesmo essa, que é bem boa.

Júri e povão fazem injustiça com o Mocotó. E também não se deram conta da novidade que é o Esquina, embora tenham lá como melhor brasileiro segundo o guia o Tordesilhas, que andou fechado um bom tempo.

Enfim, navegar por uma ou outra bússola do Melhor de sãopaulo é uma coisa pouco precisa e o melhor é sempre você fechar os olhos e se atirar por ai, fazendo seu próprio guia. Um guia pessoal, onde as escolhas reflitam seu estado de espírito, a consciência do tipo de prazer que procura e, claro, quanta grana tem no bolso. Se for mais moderninho, consultar o instagram para saber por onde anda a sua tribo.

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