19/08/2014

NÃO FAÇA BOBAGEM NUM IZAKAYA: INSTRUA-SE COM JO TAKAHASHI

Pronuncia-se izakayá, e não izakáya. A coisa é tão nova e incipiente no Brasil que o erro é compreensível. É um lugar basicamente para se tomar saquê, comer uns negocinhos (que podem ser muito bons!), e conversar com amigos. O mais importante é você ter amigos, lógico. Pois então cuide das suas relações pessoais antes de sair por aí, de bar em bar como numa música qualquer.

Aparentemente eles não são caros, quando você olha o cardápio de petiscos. Mas é uma ilusão. Pois se você meter o pé na jaca nos saquês de categoria premium, Ginjô ou Daiginjô, vai deixar as calças. Portanto, é melhor abandonar as alegrias e tristezas excessivas em casa quando sai para beber saquê. Nada de afogar mágoas ou fazer comemorações desmedidas. Creia, aprender novos limites é sempre uma experiência enriquecedora.

A moda está apenas chegando (os foodies já estão assanhados, basta ver no instagram...), o que permite ao leitor acompanha-la passo a passo, ficando entendido numa boa prática japonesa - especialmente se já perdeu a chance, como eu, de se tornar expert nos restaurantes de sushi e sashimi. Aliás, nos izakaya não tem disso. E é bom que saiba, para não se decepcionar. Não raro ostentam a placa: no sushi. Existem uns dez izakayas em São Paulo e, segundo Jo Takahashi,  cinco são bacanas mesmo.

 Antigamente, os saquês eram classificados em nacionais e estrangeiros. Graças aos izakaya, hoje é possível encontrar vários tipos de saquês  importados (mais de 12). Essa é, pois, a missão civilizatória desses bares.

Bem, quais são os izakayas para se frequentar e ter satisfação garantida, sem querer o seu dinheiro de volta? Não digo. Compre o livro Izakaya: por dentro dos botecos japoneses (Melhoramentos, 2014), do mestre Jo Takahashi, e veja. Mesmo porque, se você não se der ao trabalho de le-lo por completo, certamente vai fazer bobagem, enfiar o pé na jaca, como já fiz mais de uma vez. Mas sou teimoso, e agora vou me instruir, redimir. Inclusive porque o livro é escrito num estilo invejável. De quebra, mesmo que você goste é de sushis, ficará sabendo mais de saquês do que normalmente se sabe.

1 comentários:

Breno Raigorodsky disse...

Seguirei o conselho amigo

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