"Não quero couvert" parece ser uma afirmação grave. Tanto é que, quando da conta, não raro ele está lá. E segue-se nova rodada: o garçon que trouxe a conta precisa conferir com o que teria servido, como se desconfiasse do cliente. Depois de confirmado, depende do maitre autorizar e, enquanto isso, os garçons ficam comentado entre si, olhando para a sua mesa como se você fosse um ET. Aconteceu ontem, numa churrascaria das melhores.
É preciso repensar o couvert urgentemente, pois ele, quando farto, é praticamente incompatível com os buffets onde você se serve de saladas & que tais. Normalmente é um estímulo forte para não se pedir entradas.
O couvert, que quer ser "caprichado", vem atrapalhando o andamento ideal de uma refeição. Acredito que com prejuizo para a casa. Como já disse antes, sou a favor do tratamento a pão e água no momento couvert da refeição. Se você estiver no mais insignificante bistrô parisiense, a água será colocada à mesa sem que seja necessário pedir.
16/11/2009
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4 comentários:
A água sagrada à mesa é também um serviço natural nas bibocas americanas. E mesmo em Nova York, grandes e pequenos, trazem a água em jarra sem necessidade de pedir. Acho que o couvert é legal em restaurantes que seguem uma culinária mais esmerada e, portanto, mais demorada. A gente fica ali e vai distraindo a fome. Mesmo entendendo a praticidade dos bufês, eu odeio sair de casa e ter de ficar em fila para comer, ou seguir aquele senta-levanta toda hora, por isso acho razoável ter a opção de um couvert para degustar enquanto seu prato é preparado. Porém o que acontece é que na maioria das vezes a opção é compulsória e cobrada sem aviso prévio. Mesmo o pãozinho com manteiga. Sem falar na cara feia ou desapontada do garçom quando você diz que não quer o tal couvert. Esse capítulo serviço/atendimento em restaurantes é algo que merece muita atenção. A deficiência é ampla, geral e irrestrita.
Rejane,
Couvert pode ser bom, mas quanto melhor mais conflita com a entrada. É uma questão de estratégia comercial.
Carlos,
Estive recentemente em NY e fui perguntado, em todos os restaurantes que estive, se gostaria de água engarrafada ou 'regular', sem imposição ou qualquer constrangimento. Em todas as mesas, os clientes, invariavelmente, ficavam com a segunda opção. Até mesmo no Jean Georges. O mesmo aconteceu com o couvert. No Brasil, infelizmente, os donos dos restaurantes procuram aumentar o faturamento até mesmo se apropriando da taxa de serviço.
Dória, que ótimo quando perguntam se queremos couvert. Não é a regra. O que se dá é anti-gentileza de tirarem os itens de sua mesa colocados ali sem você ter tido a chance de pedi-los. Sou pela campanha do pão, azeite e jarra de água (isto já seria pedir demais num país como o nosso...). A gentileza sempre contará pontos ainda que venha embutida no preço do prato. Água e pão já! beijos, n
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