Leitor de 5ª na 6ª: não chame jacu de meu louro!!!

A semana culinária começou otimamente no domingo, com a excelente reportagem de Laura Capriglione, no Ilustríssima, sobre a pesca do atum por japoneses no litoral brasileiro. Reportagem ao bom e velho estilo, quando se vai lá, verificar in loco.

De vez em quando, esse deveria ser o modelo do que se fazer no Comida. Mas o suplemento parece curtir mais a alienação, vivendo de costas para os problemas da alimentação. Na linha do oba-oba que prefere, apresentou matéria, essa semana, sobre café comido por animais que emprestam aos grãos novas características: a cuíca e o jacu, para ficar no Brasil.

A apresentação da cuíca foi um samba do crioulo doido: marsupial, roedor, semelhante ao rato; a do jacu, outro: algo parecido com o urubu. Isso valeu, ontem um “Erramos” da Folha, mas só para dizer que a cuíca é marsupial, não roedor. Ficou faltando dizer que jacu só é semelhante a urubu como rima, o que não é uma solução - ou pela cor negra, o que o aproxima tanto do urubu como de alguns automóveis que circulam pelas ruas.

Paladar, por sua vez, quis nos ensinar a fazer omelete. Ok.

O que valeu nos dois jornais foi a resenha simultanea do Attimo por Luiz Américo e Josimar Melo. Vale ler ambas mais para saber como observam o objeto do que para conhecer o Attimo, em início de carreira.

Bom roteiro, hoje, no Guia da Folha, sobre restaurantes que servem galinha d´Angola. Curioso que esse animal, de consumo tão popular Brasil afora, aparece em nossa cidade quase que só nos restaurantes AAA, top-top-top, +++!!!

Mas a semana termina mal. É possivel ver nos jornais as repercussões em restaurantes de mais uma lei-trapalhada dos nossos deputados babysiteristas: quem bebe vinhos precisa mostrar carteira de identidiade, talvez preencher um formulario e outras bobagens assim. Tão bobas que, parece, as autoridades irão recuar. Mas já tive que mostrar minha carteira de identidade para comprar bebida alcoólica em um supermercado. Pode?