Javaporco e ecologia

Há muito se sabe desse problema. Para variar, o Ibama o agrava, em vez de facilitar soluções. Chefs, chefinhos e chefetes estão ai com suas baixas temperaturas - caseiras ou não - suas receitas imperdíveis de costelinhas, lombinhos com farofa, bochechas, pernil para sanduiches, sem falar de um provável presunto! 

Há muito a palavra "porco" foi substituída por "suino" nos cardápios das melhores casas do ramo. Pareciam entever essa conjuntura, mirando o javaporco. A culinária se faz de esperas e esperanças.

Mas a palavra "caça" horroriza o Ibama. Para o órgão, não existe caça defensiva. E pouco importa que o javali (Sus scrofa) seja exótico; se é animal silvestre lá, será aqui também. Prescreve a licença para a "caça controlada", com registros, protocolos, declarações, etc em quantidade que jamais fará frente à praga. Enquanto isso, o animal invade roçados para comer milho, mandioca, cana-de-açucar, batata, batata-doce... Um deles, mui senhor de si, comeu a perna de um camarada.