A Escola do Gosto apresenta, a seguir, a sua programação para o próximo semestre. Serão vários cursos objetivando um melhor conhecimento da culinária, em especial a brasileira.
A utilização de metodologia moderna, como a cartografia culinária para o território brasileiro, visa iniciar o aluno numa nova e promissora fase de investigação, superando as limitações que ainda se fazem sentir quando o enfoque nacional e regional predomina no tratamento da alimentação popular.
Mais próximo da data de cada curso serão divulgados detalhes sobre cada um. Por agora, caso tenha interesse em algum, é favor manifesta-lo por e-mail: cadoria2@gmail.com - para que possamos fazer contato posterior.
PROGRAMAÇÃO ESCOLA DO GOSTO PARA O 1º SEMESTRE DE 2018
- A comida moderna e o engenho humano - fevereiro
O curso objetiva aprofundar o conhecimento do aluno naqueles aspectos responsáveis pela evolução da cozinha moderna até os dias atuais, destacando a “filosofia” dominante em cada período e os recursos técnicos disponíveis.
- Classicismo e Modernidade: de Carème a Escoffier
- A revolução conceitual e técnica da nouvelle cuisine
- A gastronomia molecular de Hervé This
- Os espanhóis e “la nueva nouvelle cuisine”
- O território e o locavorismo
2. A cozinha caipira de São Paulo, Minas e Goiás por sua história e receitas - março
Este é um exercício de compreensão da cozinha caipira segundo uma nova metodologia cartográfica. Ele permitirá compreender a uniformidade dessa cozinha, hoje escamoteada sob rótulos regionalistas (“paulista”, “mineira”, “goiana”), à medida em que persegue sua formação histórica e o repertório de receitas que se fixou como patrimônio comum.
- A metodologia cartografica
- A presença guarani
- Historia da conquista bandeirante e busca do ouro
- Os sertões que Auguste Saint-Hilaire testemunhou
- Agrupamentos e análise das receitas caipiras
3. A cozinha do sertão da Bahia por sua história e receitas - abril
Usando a metodologia cartográfica, será estudada a culinária do sertão baiano, em torno do Rio São Francisco, de modo a determinar o processo histórico que a gerou, ligado à expansão pecuária, e a configuração do seu receituário correspondente. Isso permitira dilatar o conceito de “cozinha baiana”, hoje adstrito à região do Recôncavo Baiano.
- A metodologia cartografica
- A economia colonial e a ocupação do sertão do São Francisco pelas Casa da Torre e Casa da Ponte
- O modo de vida na fazenda pecuária e as miuças na alimentação sertaneja: oposições entre a carne de sol e de pequenos animais
- O inventário das receitas sertanejas
- Agrupamento e análise das receitas
4. Manoel Querino e a “Arte culinária na Bahia”: invenção da cozinha baiana - maio
Manoel Querino é autor do primeiro e mais importante livro sobre a culinária do Recôncavo Baiano, cuja matriz principal foram as culturas negras aportadas pelo escravismo. Como se tornaram comida cotidiana é uma das questões a serem abordadas, distinguindo-se a “contribuição” dos negros livres e dos escravos.
- A formação da cozinha de Salvador e do recôncavo baiano
- Quem foi Manoel Querino
- A cozinha yorubá
- Análise da obra “A arte culinária na Bahia”
- A oposição cozinha de santo X cozinha baiana
- Analise das receitas “puramente africanas” coletadas por Manoel Querino
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